
Quando falamos de desordens mentais e psicológicas associados à maternidade, é comum já pensarmos em depressão pós-parto ou ainda atribuí-los aos hormônios. Isso dá uma ideia de “natural” ou de uma fase passageira, afirmam os psicólogos.
Trata-se de um assunto importantíssimo que afeta milhões de pessoas no mundo inteiro. Vamos conhecer um pouco mais sobre a saúde mental na maternidade?
Saúde Mental na maternidade
E mais, costumamos pensar nisso como uma exceção, algo raro de acontecer. A maternidade vive sob uma aura de sagrado. O que acaba prejudicando discussões sérias sobre o assunto, principalmente relacionadas à saúde mental na maternidade. E isso, infelizmente acaba prejudicando milhões de mães e, por consequência, crianças também.
Para início de conversa, você sabia que, no mundo inteiro, cerca de 10% das mulheres grávidas e 13% das mulheres que acabaram de dar à luz sofrem de um distúrbio mental, principalmente a depressão? Isso é um número bastante expressivo, não é mesmo?
Nos países em desenvolvimento (como o Brasil, por exemplo), isso é ainda maior: ,15,6% durante a gravidez e 19,8% após o parto sofrem de distúrbios mentais. Em casos críticos, o sofrimento das mães pode ser tão grave que elas podem até cometer suicídio.
Além disso, as mães afetadas não apresentar disfunções, que não apenas geram sofrimento para ela própria como ainda afetam o crescimento e o desenvolvimento das crianças.
A boa notícia é que os transtornos mentais maternos são tratáveis. Já a má notícia é que ninguém quer falar disso. Hoje há muitas intervenções terapêuticas eficazes que irão beneficiar a saúde mental na maternidade dessas mulheres.
Mas para que isso seja feito, é preciso que o problema seja reconhecido e elas obtenham o apoio que precisam ao procurar ajuda de um psicólogo, por meio da terapia.
Após o nascimento, a mãe com depressão sofre muito e pode falhar em comer adequadamente, tomar banho ou cuidar de si mesma entre vários outros problemas. Isso pode aumentar os riscos de problemas de saúde tanto para o bebê quanto para a mãe.
O aumento do risco de suicídio e a potencialização das doenças que acompanharam a mãe durante a gravidez (psicose, depressão etc.) podem trazer graves consequências, chegando até mesmo ao infanticídio.
Crianças muito jovens podem ser afetadas e são altamente sensíveis ao meio ambiente e à qualidade dos cuidados. Seguramente, elas serão afetadas negativamente por mães com transtornos mentais.
A doença mental prolongada ou grave dificulta o apego mãe-bebê, a amamentação e o cuidado infantil. E pode gerar problemas familiares que irão afetar o bebê quando chegar à sua fase adulta.
Diante de todos esses números e informações, é importante estar ciente que a gravidez é um período que traz não apenas mudanças físicas como também psicológicas.
Nem tudo pode ser atribuído aos hormônios, é importante estar ciente de quando o problema é mais grave. E buscar o quanto antes apoio terapêutico a fim de ter uma gravidez saudável e feliz.
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