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A Importância dos Limites

  • Foto do escritor: Fernanda Braga
    Fernanda Braga
  • 23 de jul.
  • 2 min de leitura
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É comum pensarmos que, para nos doarmos verdadeiramente ao outro, precisamos nos esvaziar por completo. No entanto, essa mentalidade pode nos levar à exaustão e, paradoxalmente, diminuir nossa capacidade de ajudar. Para ilustrar a importância de estabelecer limites, imagine-se como um poço de água fresca em um deserto.


O Poço no Deserto

Você é um poço de água fresca e cristalina, vital para os viajantes que cruzam o deserto árido. Sua água representa sua energia, seu tempo, suas emoções e sua capacidade de auxiliar aqueles que o procuram. Muitos chegam sedentos, e a cada balde que você oferece, eles se revigoram e seguem viagem. É uma grande alegria ver a vida florescer por sua causa.


No entanto, há um detalhe crucial: seu poço não tem uma fonte inesgotável. A água que o abastece vem de chuvas que caem esporadicamente e de lençóis freáticos que se recarregam lentamente. Se você permitir que todos peguem água sem qualquer controle, ou se deixar que o poço seja usado para irrigar campos inteiros que nunca foram seus, sua água diminuirá rapidamente.


Eventualmente, o nível baixará tanto que, por mais que você queira, não terá mais água para oferecer. Os próximos viajantes chegarão, olharão para o fundo seco e seguirão em frente, ainda sedentos. Você, antes uma fonte de vida, terá se tornado um buraco vazio, incapaz de cumprir seu propósito.


A Importância dos Limites

Colocar limites é como instalar uma bomba com um medidor e definir uma cota diária para a retirada de água. Isso não significa que você é egoísta ou que não se importa com os outros. Pelo contrário! Significa que você reconhece a necessidade de se preservar para continuar sendo um recurso valioso. Ao gerenciar a retirada da água, você garante que haverá sempre um pouco para você mesmo, para se manter hidratado, e o suficiente para continuar a ajudar um fluxo constante de pessoas ao longo do tempo.


Ao se esvaziar completamente, você se torna inútil para si e para os outros. Ao estabelecer limites, você assegura sua própria renovação e, consequentemente, sua capacidade contínua de doação. É a partir de um lugar de plenitude, e não de escassez, que podemos oferecer o nosso melhor e realmente fazer a diferença na vida de quem precisa.

 
 
 

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© 2021 por Daniel Alvarenga

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