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Foto do escritorFernanda Braga

Como a puberdade afeta o emocional de um jovem?


A puberdade costuma acontecer entre os 10 a 17 anos. A idade inicial pode variar dependendo de vários fatores, podendo adiantar ou retardar o processo de transformação da criança em adolescente. As meninas passam por mudanças fisiológicas antes e também as terminam mais cedo que os meninos.


As mudanças físicas, hormonais e sexuais são facilmente percebidas por estarem à vista. Os órgãos genitais crescem e se desenvolvem graças à produção e liberação de hormônios sexuais.

Eles também são os responsáveis por iniciar o ciclo menstrual nas meninas e pelo crescimento de pelos em diversas áreas do corpo.


Durante esse período também ocorrem alterações neurológicas, cognitivas, sociais e psicológicas. Com tantos aspectos novos para se acostumar, é compreensível que os adolescentes se comportem de maneiras inusitadas ou não saibam como administrá-los.


A principal fonte de confusão emocional costuma estar associada à busca pela identidade. Esta é expressa por meio de diferentes comportamentos, os quais, na mente do adolescente, fazem todo o sentido.


Por meio de atividades, hobbies e panelinhas, ele procura a identificação com algo ou alguém.

Os seus achados podem levá-lo a abandonar esportes ou atividades praticadas desde a infância, ou até mesmo amizades formadas quando criança. Essa postura de desbravamento é totalmente normal durante a puberdade. A volatilidade de atitudes, contudo, costuma confundir pais e tutores.


Por outro lado, o adolescente pode ter sentimentos de inadequação e de solidão, baixa autoestima, estresse, vergonha do corpo ou personalidade e medo do aumento de responsabilidades. Em razão disso, distinguir uma conduta típica da adolescência de uma conduta causada por um transtorno mental requer observação cautelosa e investigação na terapia.


Problemas típicos encontrados na puberdade


O adolescente na puberdade caminha de encontro às questões da vida adulta, que antes não tinham importância para ele. A vida social passa a ser movimentada e as opiniões alheias são levadas em consideração na tomada de decisão. O modo de se arrumar e se vestir, bem como os novos interesses, podem ser modificados conforme influências exteriores.


Até certo ponto, o desejo de se afastar dos pais, mudar hábitos e gostos, sair com os amigos e namorar é considerado normal. Quando esses fatores se tornam obsessões e levam o adolescente a ter problemas de conduta, podem indicar que algo está errado.


Outro cenário que também pode ser indicativo de irregularidade é quando o adolescente não demonstra interesse na escola, em atividades extracurriculares e em amizades. Basicamente, quando tudo o que considerava parte de sua vida deixa de fazer sentido. A verdade é que compreender as preocupações dos adolescentes pode exigir certo exercício mental. O fato de manterem silêncio sobre seus verdadeiros sentimentos também não ajuda a apaziguar os pais.


Como estão imersos em problemas e apreensões próprias da vida adulta, por vezes não conseguem se conectar com as causas do estresse dos filhos ou simplesmente não sabem como abordar assuntos delicados sem causar conflitos. Para fins de esclarecimento, veja alguns dos problemas típicos trazidos pela puberdade abaixo:

  • preocupação excessiva com a aparência;

  • baixa autoestima;

  • dúvidas sobre a própria identidade;

  • necessidade de comportar-se de forma semelhante aos amigos/colegas, mesmo contra sua vontade;

  • ruptura com a segurança providenciada pela infância;

  • pressão para agir de determinada maneira ou para obter excelência escolar;

  • desenvolvimento de depressão, ansiedade e fobias. Filhos de pais que já tiveram ou tem algum transtorno mental são mais suscetíveis a desenvolverem um;

  • preocupação com reputação e popularidade;

  • sexo ou engajamento em atividades sexuais sem segurança;

  • modificação da dinâmica entre amizades feitas na infância;

  • isolamento social;

  • frustração exagerada ao não atingir objetivos;

  • necessidade de mostrar amadurecimento;

  • desejo de se manter afastado dos pais e familiares;

  • esconder emoções e sentimentos, evitando procurar ajuda quando está com problemas; e

  • bullying.


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