Como os EIDs Impactam os Relacionamentos
- Fernanda Braga

- 16 de jul.
- 2 min de leitura

Os EIDs atuam como "lentes" distorcidas através das quais interpretamos as interações e os comportamentos dos outros, especialmente em relacionamentos íntimos. Eles podem levar a padrões de comportamento disfuncionais que minam a intimidade, a confiança e a satisfação nos relacionamentos. Alguns exemplos de como EIDs específicos podem afetar os relacionamentos:
Privação Emocional: A crença de que suas necessidades emocionais (cuidado, afeto, empatia) nunca serão adequadamente atendidas pode levar a pessoa a evitar intimidade, a se sentir constantemente insatisfeita e a ter dificuldade em expressar suas necessidades. Nos relacionamentos, isso pode se manifestar como distanciamento, ressentimento e busca por validação externa.
Abandono/Instabilidade: A expectativa de que pessoas importantes irão inevitavelmente deixá-lo pode gerar ansiedade constante nos relacionamentos, levando a comportamentos pegajosos, ciúme excessivo ou, paradoxalmente, a afastar os outros antes de ser abandonado.
Desconfiança/Abuso: A crença de que os outros são mal-intencionados, abusivos ou exploradores pode levar a uma postura defensiva, dificuldade em confiar e testar constantemente o parceiro, criando um ambiente de tensão e desconfiança.
Defectividade/Vergonha: A crença de ser fundamentalmente falho, inadequado ou indigno de amor pode gerar insegurança, medo de ser rejeitado e comportamentos de autossabotagem nos relacionamentos. A pessoa pode ter dificuldade em aceitar elogios, sentir que não merece ser amada ou temer que seu "verdadeiro eu" seja descoberto e rejeitado.
Subjugação: A crença de que é preciso se submeter às necessidades dos outros para evitar punição ou rejeição pode levar a relacionamentos desequilibrados, onde as próprias necessidades são negligenciadas e há dificuldade em expressar opiniões ou limites. Isso pode gerar ressentimento e uma sensação de perda de si mesmo no relacionamento.
Autossacrifício: Similar à subjugação, mas muitas vezes motivado por um senso de responsabilidade excessiva pelo bem-estar dos outros, mesmo em detrimento das próprias necessidades. Nos relacionamentos, isso pode levar a exaustão emocional e a um desequilíbrio na troca de cuidados.
Merecimento: A crença de ser especial e ter direito a tratamento preferencial pode levar a comportamentos egoístas, falta de empatia e dificuldade em considerar as necessidades do parceiro, gerando conflitos e insatisfação.




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